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Mostrando postagens de agosto, 2009

O óbvio

Não me diga nada que eu possa ouvir Não me mostre nada que eu possa ver Agora que tudo parece tão bem Eu não preciso e não quero saber como vai ser Eu não preciso que você pense que estou melhor Do que um dia eu pude te mostrar que fui Não há mais nada do que eu tinha pra lhe dar Também não quero saber a razão Se fui eu que não conseguia ouvir Quando tudo estava bem ali E o que mais eu podia fazer Se eu sempre levo tanto tempo pra aprender
Um palhaço sem graça
Não há traços, nem cor, nem o conjunto destes em pintura nenhuma que possam tornar mais sagradas as visões que eu tenho de tudo. Pois tudo pra mim é tão intangível as vezes quanto qualquer representação que eu possa fazer deste mundo. Não há ruas, nem construções e nem transeuntes sequer que me pareçam menos pesados aos olhos nas vezes que saio vagando sem rumo . E ainda assim todo o asfalto se estende, os tijolos se erguem e os que estão só de passagem caminham cada vez mais reclusos. Não há olhar, palavra ou um sorriso que possam quebrar este gelo que antes de imobilizar meus sentidos, um dia assim como a água teria sido mais fluido. Pois tudo o que aqueceu demais, um dia, depois virou febre e esta agora é preciso evitar-se mesmo com tanto descuido. Não há mais uma nota, acorde ou sinfonia qualquer que soem tão altas e ininterruptas quanto os ruídos e uivos que ouço das almas noturnas, sem lar. Pois no silêncio da noite, já muito antes da aurora, a ansiedade aumenta e tudo o que me
Eu quero encontrar a resposta e espalhar todo traço ou cor e caminhar por aí entre os transeuntes, pelas ruas e construções e espalhar meu olhar e sorrisos e cantar sinfonias impossíveis e sentir que o que tenho é suficiente mesmo que inexato e apenas através dos meus atos decifrar e aprender pra que um dia eu possa também ensinar e assim continue a crescer.
Aqui dentro tudo se move o tempo todo.
Pode estender a roupa no varal que agora eu só vou fazer tempestade em copo d'água.

Sobre quem partiu e estava pronta, mas não queria ir embora ainda

Eu a vi se recolher tão fria quanto a terra que a acolhia ternamente Só que na verdade parecia nesta hora que você já não estava mais por lá Pois foi com calor da alma que eu a vi quando você se fez forte pra buscar Algo pra afirmar tranquilamente que não partiu desta vida descontente Eu vi rosas serem jogadas sobre o solo onde agora você jaz eternamente E assim senti que estas são como as palavras que persistem inutilmente Em perpetuar tudo o que hoje eu sei que é efêmero, ingênuo, Que quando se diz na hora errada é uma total perda de tempo Tudo aquilo que agora eu sei que só se alcança um dia em estado pleno Aquilo que levamos pela vida inteira a calar Ou que as vezes berramos aos ouvidos surdos Pois aos ouvidos atentos nos tornamos mudos Ou simplesmente guardamos no peito, como um sonho desfeito Eu pensei um dia na infância que meu peito explodiria Que o vergão na minha pele me traria uma doença de chagas Eu sei que há tempos eu aprendi a dar maior valor as marcas Do tempo, do m
E agora choram todos, por todas as vezes que deixaram faltar-te o sorriso pois agora todos reconhecem que é tarde e mais, que agora já não adianta o alarde.
Você se foi pra bem longe e deixou um amor que assim como você trocou o certo pelo duvidoso achando que era certo oque ele sentia por dentro ao mesmo tempo que isto era incerto pra outros você se foi e onde irá ele agora sustentar sua força se foi em você que um dia ele encontrou-se de novo se tudo o que ele sonhara pareceu-lhe tão claro ainda valendo pra muitos nada além de um centavo Ah mas que muitos ah mas que nada vocês ja tinham um ao outro e você se foi e o deixou no sufoco. Ps. descobri posteriormente que estava errado, porém isso não é motivo pra negar um poema

Ato-falho

Falei com cegos, surdos e loucos sobre coisas que até mesmo eu as vezes duvido e ouvi também discursos enfurecidos defendendo oque ainda não se podia sustentar até que aproximou alguém que então deveria representar aquele que necessita um amparo e que realmente era, mas que precipitado tocou o ombro de quem não podia e lhe pediu pra olhar para o céu pediu que lhe contasse algo de bom mas simplesmente hostil foi o tom