Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de dezembro, 2010
Calo me no embalo dessa sorte que ainda dá calor à minha testa Não sou testa de ferro mas mesmo assim eu dou muita cabeçada por aí O ferro é frio como eu não quero ser, minha cabeça é dura mas meu sangue é quente e o coração eu não posso deixar endurecer Falo mais que o casco do barco toca a água ao navegar o mar Afundo me em pensamentos, as palavras são meus remos inúteis Pois remo contra correnteza forte, melhor deixar a correnteza me levar calado Quero acreditar que a correnteza é boa e não mais achar que eu devo remar até a morte E o mar que é a vida as vezes nos faz naufragar mas mesmo assim algo me diz que eu vou sobreviver mesmo cercado de tanto mar

Palavras

Todo o tempo eu preciso me lembrar do buraco em que eu estava Por que eu não quero estar lá de novo, eu não quero aquele sofrimento Eu conheci alguém capaz de dizer que o tempo cura tudo Mesmo que você colecione cicatrizes Mesmo que elas estejam o tempo todo sob seus olhos Eu preciso apagar de uma vez por todas essa história de minha cabeça, meu comportamento aditivo, não importa o quanto isso seja difícil, não importa o quanto eu tenha que ser frio E apesar de todas essas bobagens parecerem válidas eu sei que estarei esperando minha vez de jogar essas palavras fora, jogá-las no lixo, e foder com o mundo palavras, palavras, palavras, é minha vez de foder com as palavras palavras, palavras, palavras, é minha vez de foder com tudo palavras, palavras, palavras, é minha vez de foder com o mundo E finalmente eu vou sentir a mesma sensação E finalmente eu vou sentir a mesma frustração Pois viver é uma prática viciante e experiência quase nunca evita erros
Havia uma corrente presa a minha canela unindo-me a uma tonelada de aço e barulho Havia uma máquina da qual eu não era mais que extensão trabalho constante e tão estapafúrdio diáriamente forçado a tornar-se em vão