Calo me no embalo dessa sorte que ainda dá calor à minha testa Não sou testa de ferro mas mesmo assim eu dou muita cabeçada por aí O ferro é frio como eu não quero ser, minha cabeça é dura mas meu sangue é quente e o coração eu não posso deixar endurecer Falo mais que o casco do barco toca a água ao navegar o mar Afundo me em pensamentos, as palavras são meus remos inúteis Pois remo contra correnteza forte, melhor deixar a correnteza me levar calado Quero acreditar que a correnteza é boa e não mais achar que eu devo remar até a morte E o mar que é a vida as vezes nos faz naufragar mas mesmo assim algo me diz que eu vou sobreviver mesmo cercado de tanto mar
Sobre a liberdade de expressão: Nada do que sei é meu, nem mesmo as lembranças que guardo em minha mente e coração. Isso pra mim é algo tão certo, como estou certo de que vou parar de pensar logo que meu coração parar de bater. Mesmo assim, posso fazer uso do que eu bem entender que possa pra mim trazer algum prazer ou alívio de viver.