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Mostrando postagens de abril, 2011

Amiúde

Queria escrever pelos cotovelos Escrever com a ponta dos dedos Mesmo que não houvessem mais linhas Mesmo que me faltassem as tintas E eu não queria que lessem só com a boca E nem só com os olhos, E nem só com a lingua Queria que lessem com o corpo todo Que lessem até perderem o fôlego À deriva no mar até a primeira ilha.
A casa está mesmo sempre cheia de gente - diz a mente. Mas ela sabe que há um cômodo na casa que ela ainda não conhece por que quando ela quis entrar faltava luz e a mente bem que tentou abrir a janela mas esta já não era aberta há muito tempo e estava tão emperrada que a mente foi incapaz de abri-la. Agora apesar da claridade que entra pelas frestas na janela e pelas rachaduras nas paredes, a porta deste cômodo está muito bem trancada com grossas correntes, por que um dia a mente com medo do que pudesse haver lá dentro do cômodo, com medo de que ela ou alguém lá dentro pudesse se machucar, decidiu não deixar que ninguém mais entrasse no cômodo, e de tão convicta do que estava fazendo quando escondeu a chave, esqueceu-se de onde a possa ter colocado e nem mesmo se lembra que talvez pôde até ter jogado a chave fora. Sim, a casa está sempre cheia de gente - diz a mente, e ela só não se esquece que na sua casa tem um cômodo em que ela e nem qualquer outra pessoa que lhe fi