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Hoje resolvi não sair de casa, preciso fazer isso por um tempo, ando cansado e os últimos acontecimentos me fizeram chegar a conclusão de que preciso de um tempo pra pensar.
E nesse mesmo instante, como quase sempre, sinto me vazio de ações, tento escrever mas uma incerteza me consome e me parece que o modo como vejo tudo é diferente do que vêem a maioria das pessoas.
E eu me forço a estar entre o que me desagrada.
Pode isso realmente me ajudar a compreender as coisas? O quanto seria isso verdade se eu mesmo não sei o quanto estou pensando por mim mesmo ou estou tentando me encaixar na idéia que fazem de mim?
Sei que tenho a opção de estar sozinho mas sei o quanto também dependo das pessoas e isso também não é em apenas um sentido, uma necessidade, a vida numa sociedade capitalista como a de hoje exige que se seja bom, pra se ter um emprego, exige que se pague por tudo, pra nascer, pra se ter um nome até que por fim também pra morrer.
Tudo é disputado desde com certa cordialidade e compaixão até alcançar uma violência estúpida e nunca foram e também serão despertados no ser humano sentimentos como esses que só têm qualquer um que participe de uma boa competição e nesse caso a competição maior a que me refiro é a vida.
Entre os piores sentimentos e sensações comuns pra qualquer competidor que se veja como um vencedor ou superior há o orgulho, que pode as vezes ser amenizado quando também houver a humildade e o reconhecimento para com os que buscam os mesmos objetivos. Mas pra esse mesmo vencedor há também a arrogância, normalmente escancarada no rosto, no olhar menosprezador, de quem quase nunca vê o próximo, quase sempre só vê um rival, jamais sabe perder , não se lembra de que não se pode chegar em primeiro ou por último quando se corre sozinho.
E eu não consigo me ver como um competidor e percebo que isso me faz parecer medíocre e conformista diante de todos, como se eu andasse na contra mão das coisas e estes esperassem que eu mudasse a direção, esperando e buscando muito mais de mim do que de si mesmos, como se eu tivesse que provar que estou no jogo.
Não quero nada além de ter o direito de ir e vir e não ter que tropeçar nas pedras que todos colocamos uns no caminho dos outros, pois sei por onde qualquer um passar sempre mudará alguma coisa de lugar, eu sei que eu mudo e eu sempre me pergunto como vou deixar isso tudo para aquele que vem depois.

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