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Mostrando postagens de junho, 2015

Lavatório do Caos

Debruçado sobre o lavatório, abri a torneira, tapei o ralo que havia na bacia e fiquei por algum tempo a ver jorrar a esperança dentro dela. Até então nada de novo, mas percebi que bem aos poucos esta esperança a bacia foi enchendo. Fechei a torneira logo em seguida , e retirando a tampa do ralo, vi que a mesma esperança foi se escoando de gole em gole. Goles que se não tinham qualquer coisa de humanos, eram cada vez mais tortuosos e profundos. Seria então esta a tal respiração que há no ralo? Ainda que seja, ou jamais! Por que só agora eu fui me dar conta de que esta respiração é a mesma que se dá dentro de mim? Talvez fosse por causa dessas incontáveis distorções que com o tempo acabaram se tornando meu costume. Não tendo educação suficiente pra saber como agir diante de tanta coisa fria e reta, inevitavelmente talvez eu tenha acabado me tornando também mais do que propenso a cometer toda e qualquer espécie de tolice que é possível. Tolices, ora pois, que nem mesmo são tão ingênuas