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Está aberto ou fechado?
Está distante ou ao lado?
Quer pegar ou largar?
Quer voar? Quer pousar?
É coragem ou medo?
É desprezo ou desejo?
Está saciado ou com fome?
Seria isso ou não pode?
É razão, emoção?
Sua mente ou seu coração?
É liberdade? É prisão?
É de verdade ou é só invenção?
É vergonha ou orgulho?
Sabe ouvir ou é surdo?
Pode falar ou é mudo?
Está em cima do muro?
É um recipiente vazio?
Ou seria um oco sem brio?
poderia ser fosco ou ter brilho?
Estaria inteiro ou inteiro moído?
Seria rico ou pobre?
Estaria fresco ou podre?
Saberia enfim decidir?
Ou prefere mentir, vai fingir
Que haveria de tão celestial
nessa dúvida tão infernal?
Se quando acha que pode
transforma tudo em ode
Irão chorar, gargalhar
E não fará diferença
se é acaso ou sentença
se inicia ou termina
se era de noite ou de dia
cheia de luz ou sombria
se deveria ficar ou de tão fraco partia
Estava certo ou errado?
Estava dormindo? Acordado?
Então sentindo-se dilacerado
Quis saber se o que lhe atingiu
Foi pluma leve ou foi um machado

Teve amigos? Inimigos?
Houve abandono? Abrigo?
Teve recompensa ou teve um castigo?
E mesmo assim sabendo, enfrentou o perigo?
Valia mais a aparência?
Ou via mesmo com venda?
Teve azar?
Teve sorte?
Viveu a vida?
Ou esperou pela morte?
Talvez fosse tudo ou nada
Talvez fosse cela, estrada
Seguia andando ou parado
Entre a virtude e o pecado
Queria tanto poder decifrar
Ou jogar de uma só vez
Toda essa bobagem pro ar
Sem nem contar até três

Já está melhor ou pior?
Se esquece ou sabe de cor?
Respire, se inspire e pense
Quando você for insistir
Decida se desiste ou se vence
se levanta ou continua a cair
Isto era sempre ou foi só um instante?
Teria futuro ou não passou do antes?
Foi ao fundo ou foi superficial?
Havia bondade ou foi só expressão do que é mal?
Seria silencio ou ruído?
Foi contemplado ou destituído?
Assim foi derrubado ou ficou de pé?
Seria descrente ou possuia fé?
Talvez fosse altruísmo, egoísmo
Talvez fosse empirismo, autismo
Queria doar-se ou só receber?
Seria capaz de ganhar ou sabia que iria perder?

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Prisioneiro

Minhas mãos estavam sempre tentando te alcançar por que elas não se esqueciam de quem você era Mas minhas mãos sempre estiveram amarradas por nós que você fez pra me prender. Agora eu não quero permanecer seu prisioneiro Mesmo que pra isso eu tenha que feri-lo Por que me prender? Por que impedir os meus atos? Você têm que me soltar Têm que me deixar em paz.