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Algo floresce em mim e eu não sei o que é
quem sabe meu hiato criativo esteja prestes a acabar
mas se serei finalmente capaz de criar algo de novo
que dom maior eu teria então?

Eu olhei pela janela mas ninguém me viu
E enquanto eu procurava pelo o que eu não sei o que é
eu eu tentei desvendar tudo pra desvendar o que há aqui dentro
e que daqui de dentro me leva compartilhar beijos coletivos
em dias seguidos de festas e álcool
em conversas malucas que parecem não ter mais fim

Mas eu só ouço e quando falo é por que o que está dentro me escapa
por que é forte o bastante pra acreditar que ainda pode derrotar
uma vontade também existente de não querer mais enxergar
e se fosse possível que também ninguém mais pudesse me ver

Ah mas do que eu estou falando: será que eu mesmo sou capaz de me ver?
através dos muros altos e espessos que rodeiam meu coração?
Através da minha invisibilidade existente mesmo diante do espelho?
Por que quando me sinto forte o espelho se quebra e o muro simplesmente desaparece
Mas me deixo cortar pelos cacos e de tanto sangrar fico fraco e o muro se reconstrói?

Ontem pulei o muro e acho que meus pés não voltaram a tocar o chão
mas se eu não senti de verdade a terra que voo ou mergulho me leva então?
Que vento vai de improviso sobrevir esse mar?
No que eu estava pensando quando achei que podia nadar?

Eu olhei pela janela e vi tudo acontecendo ao mesmo tempo
E em meio a tudo isso vi alguém que fez meu coração desejar
E algo que eu não sei o que é não permitiu que eu ficasse mais ali parado
Então eu desci as escadas correndo
E fui saber se esse alguém ainda se lembrava de mim

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