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Calo me no embalo dessa sorte que ainda dá calor à minha testa
Não sou testa de ferro mas mesmo assim eu dou muita cabeçada por aí
O ferro é frio como eu não quero ser, minha cabeça é dura
mas meu sangue é quente e o coração eu não posso deixar endurecer

Falo mais que o casco do barco toca a água ao navegar o mar
Afundo me em pensamentos, as palavras são meus remos inúteis
Pois remo contra correnteza forte, melhor deixar a correnteza me levar calado
Quero acreditar que a correnteza é boa e não mais achar que eu devo remar até a morte

E o mar que é a vida as vezes nos faz naufragar
mas mesmo assim algo me diz que eu vou sobreviver mesmo cercado de tanto mar

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Prisioneiro

Minhas mãos estavam sempre tentando te alcançar por que elas não se esqueciam de quem você era Mas minhas mãos sempre estiveram amarradas por nós que você fez pra me prender. Agora eu não quero permanecer seu prisioneiro Mesmo que pra isso eu tenha que feri-lo Por que me prender? Por que impedir os meus atos? Você têm que me soltar Têm que me deixar em paz.