Já passava das quatro horas da tarde quando Orvil sentou-se completamente inerte e sozinho a beira do lago. Ficou alí, parado, persuadido,complacente e perplexo. Enquanto todos os seus amigos partiram pra dar um mergulho, ele que não sabia nadar pôs-se somente a contemplar a imensidão do lago denso e amedrontador e automaticamente começou a pensar no determinado o momento e por que razão sua própria vida passou a lhe parecer tão insignificante comparada ao tamanho do mesmo lago .Uma vida insignificante, ele assim já entendia há algum tempo, mas ao mesmo tempo era uma vida ainda cheia de acontecimentos que davam a ele o direito de dar a importância que ele bem entendesse mesmo aos fatos que são corriqueiros na vida qualquer pessoa. Pois assim como a imensidão do lago com o qual ele se deparava não existia simplesmente por nada, de uma hora pra outra e era feita por cada gotícula de água acumulada, por cada grã...
Sobre a liberdade de expressão: Nada do que sei é meu, nem mesmo as lembranças que guardo em minha mente e coração. Isso pra mim é algo tão certo, como estou certo de que vou parar de pensar logo que meu coração parar de bater. Mesmo assim, posso fazer uso do que eu bem entender que possa pra mim trazer algum prazer ou alívio de viver.