Sei que há casamentos e "casamentos", por isso também considero que talvez o problema do casamento que fiz com a música, é que ela sendo uma mulher vaidosa, assim como todas as outras mulheres também devem ser, acaba não respeitando a enorme falta de recursos que tenho enquanto tento lidar com os enormes e mais variados caprichos que ela tem. Por isso ( e ainda bem), por mais que o meu casamento não passe de um casamento ingrato e filho da puta de tão exigente, ainda não acho que tudo precise ser só lamento. Vez ou outra me envolvo numa boa com essa mulher, e por mais que ela seja invisível e intangível, sempre que pode ela faz questão de me gritar nos ouvidos. Mulher sonora que é essa minha, faço questão de manter-me fiel para com ela e ela me correspondendo de maneira generosa que é não permite jamais que eu me encontre cercado de qualquer silencio muito profundo ou triste.
Sobre a liberdade de expressão: Nada do que sei é meu, nem mesmo as lembranças que guardo em minha mente e coração. Isso pra mim é algo tão certo, como estou certo de que vou parar de pensar logo que meu coração parar de bater. Mesmo assim, posso fazer uso do que eu bem entender que possa pra mim trazer algum prazer ou alívio de viver.
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