Veja bem, não sou apenas um cara que é só desconfiado de tudo e só por isso não se permite ser qualquer outra coisa. Juro que não sinto prazer algum em ver o mundo e as coisas assim, contudo sei também dos incontáveis olhares desconfiados com que já olharam pra mim. Ah, eu também sei muito bem do quanto andei extrapolando o número de vezes em que me permitido continuar sendo ingênuo, sei que extrapolei e foi tanto que não acho mais justo permitir que outros hoje em dia ainda queiram continuar extrapolando com isso, com as burrices que ainda insisto em manter. Certas burrices só são percebidas por quem teima em ser consciente, só perde a consciência quem um dia já teve. As burrices são minhas, penso saber até que ponto devo mantê-las e enquanto for necessário irei mantê-las até mesmo com uso de torniquetes. Quando eu pensar que não há mais dever algum de minha parte com essas burrices todas, pretendo eu mesmo ser capaz de arrancá-las, mesmo que eu faça uso da força, mesmo que seja preciso aprender fazer uso de um fórceps.
Ah e se eu me atrevo a perder meu próprio tempo escrevendo isso tudo é muito mais porque gosto, muito mais por exercício próprio do que apenas uma necessidade de me justificar para alguém. Manter as aparências é um direito subjetivo, cagar pra todas elas também.
Sobre a liberdade de expressão: Nada do que sei é meu, nem mesmo as lembranças que guardo em minha mente e coração. Isso pra mim é algo tão certo, como estou certo de que vou parar de pensar logo que meu coração parar de bater. Mesmo assim, posso fazer uso do que eu bem entender que possa pra mim trazer algum prazer ou alívio de viver.
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