Tenho fome! Tenho boca, tenho esôfago, tenho barriga, tenho estômago e por incrível que pareça ainda tenho âmago! Tenho corpo, tenho ossos e junto disso e muito mais, condoído ainda carrego e conservo comigo uma alma e (ou) um espírito, que de alguma forma clara ou não também precisa se alimentar. Tenho fome, e se entretanto ainda faço o esforço de dizer qualquer coisa, é só pra lembrar que enquanto esta fome não estiver saciada, eu em nada irei me importar se ao teus olhos minha fome ainda não ultrapassa a ideia que, (inclusive só sua) foi criada só dentro da tua cabeça. A mesma aonde tudo que se remete à mim se conclui ou resume a uma simples necessidade de alento. Não to esperando ou sequer to pedindo um banquete, tenho fome somente! Tenho um apetite tão atípico que pede que eu o mate com minhas próprias mãos. Feito índio, que nasce mais do que livre do aço do garfo ou da faca. E o que mais me caberia dizer à você? Honestamente nem quero saber. Entretanto confesso que ficar...
Sobre a liberdade de expressão: Nada do que sei é meu, nem mesmo as lembranças que guardo em minha mente e coração. Isso pra mim é algo tão certo, como estou certo de que vou parar de pensar logo que meu coração parar de bater. Mesmo assim, posso fazer uso do que eu bem entender que possa pra mim trazer algum prazer ou alívio de viver.