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Quando eu mal respirava sorvi um cheiro mais que amarelo Quando eu mal prestava devida atenção eu ainda posso jurar que ouvi um som mais do que azul Só que quando tentei tocar eu sequer senti o gosto da forma E quando vi o movimento que isso tinha acabei ficando mais travado ainda Quem vai dizer o tanto que isso foi ou ainda não é? Quem vai medir o quanto isso dói enquanto cada vez menos qualquer um deseja sentir qualquer espécie de dor? Milagres acontecem? Talvez! Ou se tornam cada vez mais distantes do alcance das mãos. E quem é que ainda vai desejar manter tanta palavra salgada e amarga entredentes? Há céu e oco demais na minha boca pra acreditar que minha língua além de saliva carregue tanta sabedoria em si. Não sabendo pronunciar qualquer coisa inteligível sem gaguejar, acho que ainda me lembro de algo que ronda ou está quase perto de ser o suficiente pra me manter digno de ser compreensível. E tudo isso pode se parecer com nada além de um insulto! Admito!Mas na moral, sendo também um réu mais que confesso, acho que na real fiquei verde diante de suor tão gorduroso, invisível, inodoro e insosso que começou de repente a escorrer pelos olhos míopes que (in)felizmente possuo. Olhos de ébano? Juro que não sei dizer. Mas quem sabe os mesmos não passem de olhos e olhares maniacamente insinceros. Olhos tão pretos quanto cansados do tom endurecido e vermelho que tem. E tudo por que sempre há muito sangue escondido e coagulando tão dentro quanto fora de mim.

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Prisioneiro

Minhas mãos estavam sempre tentando te alcançar por que elas não se esqueciam de quem você era Mas minhas mãos sempre estiveram amarradas por nós que você fez pra me prender. Agora eu não quero permanecer seu prisioneiro Mesmo que pra isso eu tenha que feri-lo Por que me prender? Por que impedir os meus atos? Você têm que me soltar Têm que me deixar em paz.