De distancia já me basta a que existe entre minha cabeça e meu coração. Sim, me refiro exatamente à este órgão musculoso, voz secreta as vezes, peça angular numa intersecção, centro da sensibilidade e de toda afeição, que mesmo apesar de ser tão vacilante e cheio e de palpitação tem por lei a obrigação de irrigar sem mais e nem menos sangue os dois lados flutuantes e resistentes que ainda existem dentro da minha malemolente e confusa cabeça.
E não! Eu não quero e nem vou dizer aqui que isto tem qualquer coisa de incrível.
Por mais irracional que isto pareça, coração bate por que é motor.
Já a cabeça, por mais que ainda penda a pensar seja entre os dentes ou in-dependente de ter coração, raramente esta mesma entende a razão que é a única capaz de explicar os seus próprios porquês.
Sobre a liberdade de expressão: Nada do que sei é meu, nem mesmo as lembranças que guardo em minha mente e coração. Isso pra mim é algo tão certo, como estou certo de que vou parar de pensar logo que meu coração parar de bater. Mesmo assim, posso fazer uso do que eu bem entender que possa pra mim trazer algum prazer ou alívio de viver.
Comentários