Queria tanto que pelo menos por uma única vez eu soubesse escrever algo que um dia se aproximasse ou equivalesse a aquela pena tão carregada de tinta que apesar de tudo ainda se deita, dança e se esparrama sobre o papel para a mesma escrita aconteça. Queria e muito, mas admito que eu mal sei por onde devo começar. Melhor terminar logo com tudo isso? Antes que eu me atrapalhe e me arrebente ainda mais? Mas terminar com isso como? Se até pra esta escrita tão barata, tão rasa e sem estilo como costuma ser a minha, não há nem mesmo fim algum. Não tem pretexto, falta contexto e isto prova que esta mesma certamente não irá me ocorrer por mais que eu insista em convocá-la pelo simplacheirão nome de “Texto”. Nome esse que inclusive, eu lhe dei por estar repleto de despeito, e acabei também achando que talvez esse fosse o mais cabível e pior nome que eu teria a competência de lhe dar . Texto que agora, por mais que eu conclame, eu profane ou grite por ele ainda mais, vira-me as costas; vira-...
Sobre a liberdade de expressão: Nada do que sei é meu, nem mesmo as lembranças que guardo em minha mente e coração. Isso pra mim é algo tão certo, como estou certo de que vou parar de pensar logo que meu coração parar de bater. Mesmo assim, posso fazer uso do que eu bem entender que possa pra mim trazer algum prazer ou alívio de viver.