De tanto imaginar vermelho empalideci escroque diante o glóbulo branco e caótico ensanguentando e subvertendo a minha falha.
Teia tentando não fazer mais da morte um espelho, engoli a vida que por mais irrefletida ou desfavorecida que se engendra, continua sua sina mesmo ante o vão do corte.
Entreaberta e entrecortada é a solidão que a gente lida arrebentado e por mais que ainda não se sinta pronto a nada.
Por muito pouco eu não me vi a ponto de aderir-me a outro rumo tão empalagoso quanto torpe. Morrer ao vivo nem falido, isso iria me acabar travando os músculos e entorpecendo a mea-culpa carne.
Senil é o nosso ombro porque o mesmo sempre arruma um leito e um jeito de carregar sem se queixar todo o nada e o impoluto escombro que hora vem e hora vaga a gente inventa.
Pontiagudas serão sempre as vezes em que deixamos para atrás todo o defeito feito um rastro mal acondicionado e espalhafatosamente vil.
De boba a maldade nunca teve nada, tanto que a mesma nasce inclusive dentro daquele que defende e ainda ama alguma coisa.
O (a)mar hoje não deve estar pra peixes! Mas mesmo enfraquecidamente alegre estou sentindo-me mais vibrante do que nunca.
Perante a essa respiratória via que me falta, nada é nada, e tudo jaz sem mais me oferecer coisa alguma.
Estabeleço periclitantes pausas, as vezes divertidas, outras vezes inviáveis e horrorosas. O tempo todo ouço exalar do meu umbigo um odor doído que não se apruma e nem aflora.
Aflito eu rego a minha embriaguez até que a mesma pelo menos interfira e se intrometa algum dia no que parece permanente.
Indiferente e líquido, acho que consigo até agir e ser capaz de tanto quanto equidistante e equivalente eu me ignoro.
Vivo de hálitos, arroto equívocos.
Vivo pra soluçar remédios que dia mais e dias mais ou menos negligenciam o vapor herético inerte e inerente a minha urina.
Se Mijo no teto é porque meu mundo ainda continua de ponta cabeça.
Mais do que olhos ou orelhas, acho que acabei adquirindo um gosto enorme de me fingir de nada. Minha maior vontade agora é conseguir arremessar até palavras feias, desde que feitas e advindas de meus lábios salivantes.
Dentro da boca minha língua anda mais gelatinosa do que nunca. Mas ela ainda vibra, ora essa! E por mais longínqua e mentirosa utopia que admiravelmente impronuncia. Não obstante, vez ou outra lhe parece praticamente impossível digerir-me ou aprofundar os meus silêncios.
Apesar disso, de forma alguma eu pretendia disfarçar a falta de comprometimento que eu tive mesmo junto a minha melhor sílaba.
Quem sabe eu tivesse ao menos dado uma boa lambida em tais palavras, provavelmente as mesmas não precisariam insistir tanto em continuar fugindo dessa minha tão difusa e exaltada alma.
Eu usei todas aquelas drogas que ilustravam suas cartas de amor Eu usei todas aquelas palavras como se fossem drogas me levando à loucura Eu estou ficando sem ar minha pequena afogada no oceano dos meus sonhos minha pequena perturbando minhas cartas de amor
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